No Brasil temos a cultura do vinho de garrafão, sim, aquele doce, que dá dor de cabeça no outro dia, que deixa as pessoas por anos sem querer tomar qualquer outro vinho depois de ter exagerado na dose em um dia.
Mas, como dizem, o vinho bom é aquele que gostamos, embora eu não esteja "falando" de bom ou ruim, e sim, de qualidade.
Em 2011, nas empresas gaúchas, foram processados 626,9 Milhões de Kg de uvas comuns, enquanto as viníferas (vinhos finos) ocuparam o n° de, apenas, 82,7 Milhões de Kg. (fonte IBRAVIN).
Muitos dizem que não bebem os vinhos finos, pois são muito caros, e realmente são, graças a carga tributária altíssima imposta pelo governo.
Porém, nem tudo está perdido, há vinhos no mercado que podem fazer o papel de aproximar o consumidor dos vinhos elaborados com uvas viníferas.
Descobri esse vinho através do amigo e blogueiro Tiago Bulla (
Universo dos Vinhos), que me recomendou, também, uma visita à vinícola Larentis.
Atendimento exemplar e pessoas com muito bom humor, assim é a Larentis.
Vamos ao principal.
Este Merlot vem em uma embalagem Bag in Box, as conhecidas "caixinhas", de 4 litros, fazendo que o vinho dure em torno de 30 a 45 dias.
De cor vermelho rubi, o vinho apresentou lágrimas finas e transparentes.
No nariz, o aroma inicial foi de frutas vermelhas e pretas, com um toque do carvalho, porém, após deixar um pouco do líquido descansando na taça, aromas muito mais intensos e complexos foram liberados, como chocolate, café e menta, de forma bem surpreendente.
No paladar as frutas e o carvalho se repetiram.
Dificilmente encontrarei um vinho com tamanho custo/benefício como este, uma vez que o Bag in Box me custou R$32, sendo de 4 litros, fazendo com que a garrafa (caso fosse engarrafado) custasse R$6, isso mesmo seis reais.
Recomendo como vinho para o dia a dia e como porta de entrada para aquelas que querem conhecer os vinhos finos, não só pelo preço, mas também pela qualidade.
Saúde!!