domingo, 30 de dezembro de 2012

Adolfo Lona - Brut - Champenoise


Amigos,
Há tempos não posto nenhum vinho por aqui, pois o tempo está curto, mas, as degustações seguem.
Com a chegada do Réveillon, nada mais normal que postar um espumante como dica.

Este rótulo foi degustado há algum tempo e foi comprado diretamente na vinícola, pelas mãos do simpático e competente Adolfo Lona.

Vamos ao líquido.
É elaborado pelo método tradicional, ou seja, a 2ª fermentação é feita em garrafa e conta com as variedades Chardonnay e Pinot Noir.
Apresentou cor amarelo palha com perlage fina e intensa.
No nariz, o toque amanteigado se fez bem presente, bem como o floral.
Em boca, confirmou-se os aromas do olfato, com o floral um pouco mais presente, e a manteiga dando um toque refinado.

Um espumante leve e muito gostoso de beber.
Custa em média R$41,00 e é uma boa compra para as festas de final de ano.

Saúde e um ótimo 2013.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Tierruca - Chardonnay - 2010


Vinho de supermercado (e barato) na taça.
Por vezes, no mundo do vinho (e não só nele) devemos nos despir de preconceitos.
Dessa vez, resolvi abrir um vinho bem barato e facilmente encontrado em prateleiras de supermercado.
Trata-se do chileno Tierruca, da vinícola Viñedos Marguire.
Confesso que relutei um pouco antes de comprá-lo novamente (havia bebido faz bastante tempo), mas, a curiosidade falou mais alto.
Vamos ao líquido:

De cor amarelo palha, este Chardonnay apresentou lágrimas grossas.
No nariz, apenas um aroma me veio a mente, abacaxi. Embora tenha sentido outros aromas, confesso que não consegui identificá-los.
Em boca, um vinho bem frutado, onde o abacaxi deu lugar a pera.
Boa acidez e refrescância, aparecendo um pouco de amargor ao final.

Em um contexto geral, um vinho simples, mas que, pelo seu preço (R$11,00), vale a pena.
Não pede comida e pode ser degustado descompromissadamente. Mas tenham em mente que é um vinho que vale o seu preço, ou seja, não é nada extraordinário.

Saúde!!

sábado, 20 de outubro de 2012

Toro Loco - Tempranillo - 2011



Caros leitores,
Hoje escrevo sobre um vinho, no mínimo, curioso, afinal, ganhou medalha de prata na famosa competição inglesa International Wine & Spirits Competition e custa, na Inglaterra, o equivalente a R$12.
Seria um vinho tão bom assim? Descobriremos.
O fato é que o rótulo virou fenômeno mundial e, no Brasil, todos os lotes foram vendidos.
Resolvi, então, acabar com a minha curiosidade sobre o vinho que, confesso, era bem grande.

Vamos ao líquido:
Elaborado com a casta Tempranillo, possui 12,5% de álcool e leva consigo a Denominação de Origem Protegida.
De cor rubi avermelhado, apresentou bordas violáceas e lágrimas finas.
No nariz, um toque adocicado e fruta fresca.
Em boca apresentou taninos domados, boa acidez e uma boa persistência, porém, confesso que apenas tive alguma lembrança de frutas no paladar.

Em suma é um vinho leve e fácil de beber. Não pede acompanhamentos, podendo ser degustado descompromissadamente, mas também pode acompanhar pratos leves.
Mas... e a pergunta do início? Ele merece medalha de prata?
Na minha humilde opinião, não. Mas é um vinho sem qualquer defeito e que tem um ótimo custo benefício, uma vez que está custando R$25,00 no Brasil.
Assim, pelo preço e pelas curiosidades que o vinho oferece, recomendo aos amigos.

Por ser um vinho jovem, resolvi guardar outra garrafa para abrir no ano que vem, para ver como ele se comporta com uma pequena guarda.

Abraços e saúde.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Bila-Haut - M. Chapoutier



Amigos,
Há algum tempo atrás tive um problema em minha adega climatizada, onde alguns rótulos começaram a ficar com manchas de mofo.
O problema foi facilmente resolvido com a dica do amigo Tiago Bulla, do blog Universo dos vinhos.
Coloquei um pequeno pote com sal grosso dentro da adega e a umidade desapareceu. De tempos em tempos é preciso trocar o pote.
Como pode ser visto na foto, o rótulo de hoje não pode ser salvo, apresentando várias mancha, mas a rolha não foi afetada.

Este é o primeiro vinho francês que dá as caras por aqui, mas, como dizem, não é só porque é francês que será bom.

Vamos ao líquido:
Elaborado com as uvas Syrah, Grenache e Carignan, este corte da vinícola M. Chapoutier apresentou cor rubi forte e lágrimas intensas que manchavam a taça.
No nariz era interessante, liberando aromas de café e um toque adocicado, que lembrava caramelo.
O problema foi em boca. Não houve qualquer possibilidade de identificar aromas por causa do álcool que sobressaiu-se, a ponto de não conseguirmos continuar bebendo.
Esperei bastante tempo, a fim de dar mais uma chance a ele, cuidei para que estivesse na temperatura correta, mas não adiantou, o álcool persistiu e a garrafa foi fora quase cheia.
Não é sempre que acertamos.
Este exemplar foi comprado na fronteira e lá foi pago um valor bem baixo (em torno de R$30).
Na hora da compra desconfiei que pudesse não ser um bom vinho (um francês tão barato causa estranheza), mas resolvi arriscar.
Valeu para saber que não devo mais comprá-lo.
Que o próximo seja melhor.

Saúde à todos.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Granducato - Chianti Clássico - 2006 - DOCG


Amigos,
Confesso que tenho um pé atrás com vinhos de supermercado, mas, por vezes, abro mão deste preconceito e degusto vinhos em busca de algo que pode me surpreender.
Este italiano é importado pelo supermercado Risul e já tinha passado pela minha taça, porém, estava ainda mais inexperiente do que sou.
Resolvi comprá-lo para tirar a dúvida se havia gostado por não ter degustado tantos vinhos de qualidade, ainda.

Recebendo a indicação DOCG (Denominação de Origem Controlada e Garantida), este Chianti Clássico é, por óbvio, elaborado com as uvas Sangiovese, Canaiolo e Colorino Toscano e agradou daquela e dessa vez.
De cor rubi translucida e lágrimas espessas e em boa quantidade.
No nariz, pimenta e fruta vermelha.
Em boca apresentou boa acidez e taninos maduros. Não identifiquei aromas em boca, apenas lembranças de frutas.
Vinho leve e que chama para a próxima taça.
Com 13% de álcool, este não deu as caras.
Custa em média R$25 e se denota um bom custo benefício para aqueles que querem começar ou estão a pouco tempo no mundo do vinho com uma bebida sem defeitos.

Saúde!!

sábado, 15 de setembro de 2012

Don Giovanni - Nature


Amigos,
Há algum tempo não venho conseguindo postar novos vinhos, devido a falta de tempo. Mas, para degustar, sempre arranjamos um tempinho.
Hoje passará por aqui mais um Nature, ou seja, um espumante sem adição de licor de expedição.
Vamos ao líquido:

Este exemplar foi comprado na própria vinícola, onde recebemos um ótimo atendimento do pessoal de lá.
Quando estiverem perto de Pinto Bandeira, não deixem de visitar a Don Giovanni.

Elaborado com as uvas Chardonnay e Pinot Noir, apresentou cor amarelo brilhante e perlage fina.
No nariz, o aroma amanteigado, típico do método champenoise, foi bem presente, mas também deu espaço para as frutas brancas, como maçã e pera.
Em boca, as frutas confirmaram o olfato.

Um espumante com boa acidez e leveza. Embora seja um Nature, não agride o paladar e chama para a próxima taça.
Custa em torno de R$50,00 e, embora tenha experimentado outros Natures melhores, este tem o seu valor e merece a prova.
Vale a pena conferir mais este bom espumante brasileiro.

Saúde!!

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Concha y Toro - Trio - Reserva - 2009


Mais um vinho da gigante Concha y Toro passando pelo Blog.
Dessa vez escolhi o Trio, que alguns amigos já haviam indicado.
O Trio é um assemblage de 3 uvas, tendo sempre uma como carro chefe.
Este é um Cabernet Sauvignon (70%), Cabernet Franc (15%) e Shiraz (15%), que passa 10 meses por barricas de carvalho.
Vale lembrar que a safra 2008 recebeu 90 pontos do grande crítico Robert Parker, ou seja, dificilmente poderá ser tido como um vinho ruim.
Vamos ao líquido.

De cor Rubi escuro, este chileno poucas lágrimas na taça.
No nariz, um vinho com presença, demonstrando aromas de frutas negras.
Em boca apresentou taninos firmes e boa acidez, ainda, confirmou o olfato, com aromas de frutas negras e um leve toque adocicado, provavelmente pelo seu tempo de estágio em barricas.

Em suma, um vinho correto e gostoso de se beber, podendo ser bebido sozinho ou acompanhado de comida.
Detém um bom custo benefício, visto que custa em torno de R$45,00.
Acredito que a Concha y Toro acertou neste vinho.
Tenho ainda outro rótulo, onde a uva Merlot é a principal do corte e estou ansioso para prová-lo.

Saúde!!

sábado, 4 de agosto de 2012

Adolfo Lona - Nature - Pas Dosé


Não há mais dúvidas que o espumante brasileiro está em franco crescimento. Críticos de todo o mundo, muitas vezes o esquiparam, ou até dizem superar o tão intocável e glamouroso Champagne.
Nossos espumantes, cada vez mais, angariam prêmios por sua alta qualidade.

Infelizmente, nem todos sabem valorizar isso.
Meses atrás ouvi um programa de rádio que trata de vinhos, e lá escutei uma das coisas mais estapafúrdias que poderia ter ouvido. A técnica afirmou categoricamente que "espumantes com preços menores que R$60,00 possuem qualidade duvidosa".
Na mesma hora as sobrancelhas levantaram, os olhos esbugalharam e nunca mais ouvi o tal programa.
Ora, falar de gosto pessoal, ok! Falar em qualidade é bem diferente.
Não é a toa que temos espumantes que custam menos de R$20,00 e foram premiados na França.
Mas não me aterei a estes absurdos. Fecha parenteses.

O espumante de hoje é de INEGÁVEL qualidade. Do tipo de produto que da orgulho de beber e dizer que é brasileiro.

Produzido pelo método tradicional (Champenoise), este é um Nature, que o grande enólogo Adolfo Lona fez questão de denominar como "Pas Dosé", ou seja, sem dosagem de açúcar.
Um espumante Nature pode ter até 3 gramas de açúcar por litro, porém, este é o típico natural.
Quando falo em açúcar, refiro-me ao licor de expedição, acrescido aos espumantes.

É produzido com as castas Chardonnay, Pinot Noir e Merlot (vinificado em branco).
De cor amarelo palha, tendendo a dourado, apresentou perlage fina e intensa.
No nariz a manteiga e o pão tostado foram os aromas sobressalentes, porém, não sendo enjoativos.
Com boa acidez, em boca, os aromas de pão e manteiga foram confirmados.
Aos que acham que não gostariam, pois seria muito seco, enganam-se. É um espumante, como o próprio enólogo chama, amável. Não é agressivo e chama para a próxima taça.

Custa em torno de R$50,00, porém, caso visite a vinícola, pagará quase metade disso.
Se ainda tem preconceito com os espumantes brasileiros, aconselho que deixe-o de lado por um dia e deguste um exemplar nacional e... de qualidade.

Saúde!!

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Senda de Haro - Tempranillo - 2009


Vinho Espanhol na taça!
De origem, também, espanhola, a casta Tempranillo tem forte presença em Portugal, onde é conhecida por Aragonez ou Tinta Roriz.
Já degustei alguns vinhos dessa uva e posso dizer que gostei de todos.
Mas vamos ao que interessa.

Em taça apresentou cor rubi claro translúcido, com lágrimas transparentes e em pouca quantidade.
No nariz, um vinho de bom aroma, onde se destacavam frutas frescas.
Em boca apresentou boa acidez e taninos bem presentes e potentes. O aroma de frutas confirmou a análise olfativa.

Vinho leve, redondo, e que cumpre bem o seu papel.
Com ausência de defeitos, seria uma boa compra pelos seus R$ 40,00, que custa.
Um bom vinho para quem quer beber descompromissadamente, sem esperar um vinho muito complexo e encorpado.

Saúde!!

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Espumante Hórus - Extra Brut




Amigos,
Este espumante não é muito conhecido por tratar-se de uma exclusividade da importadora Vinhos do Mundo, porém, é produzido pela Vinícola Casa Valduga.
É a primeira vez que comentarei um extra brut no blog, não recordando se anteriormente havia degustado algum.

É produzido pelo método Charmat e elaborado com as castas Chardonnay, Riesling Itálico, Pinot Noir e Merlot.
Apresentou cor dourada brilhante e perlage intensa.
No nariz, manteiga e abacaxi maduro foram predominantes e ocultaram os outros aromas.
Com média persistência, em boca o aroma amanteigado deixou o espumante um pouco cansativo. Também apresentou um certo amargor ao final, mas que, com comida, deve desaparecer.

Mesmo sendo um extra brut, não se mostrou agressivo no paladar, porém, não é um espumante a ser degustado sozinho. Com o pouco conhecimento que tenho, acredito que este rótulo pede comida, assim, será muito melhor apreciado.
Custa em média R$ 29, mas pode ser encontrado por menos, pelas frequentes promoções.

Saúde!

sábado, 21 de julho de 2012

Ventisquero - Clássico - Carménère - 2010



Outro Carménère na taça. O que não falta na adega são exemplares desta casta.
Este é da grande e conhecidíssima Ventisquero. Porém, um vinho básico, de entrada.
Vamos ao líquido.

Com cor rubi escuro e lágrimas finas, este Carménère surpreendeu por um simples detalhe: achei que era um vinho bem mais leve e frutado, justamento por tratar-se de um vinho de entrada.
No nariz o que prevaleceu foi fruta vermelha madura.
Em boca, um pouco de fruta. O álcool (13,5%) apareceu um pouco, mas não a ponto de incomodar.
Ainda, um leve amargor final o deixou bem cansativo, mas o frio em porto alegre estava muito forte, assim, o vinho poderia estar fora de sua temperatura correta.

Em suma, um vinho simples e que não empolgou. Custa em torno de R$ 23 e, talvez em condições mais favoráveis, venha a ser um vinho mais correto.
Tenho outros exemplares desta vinícola, na adega, os quais ouvi falar muito bem, acredito que sejam bem superiores.

Saúde.

domingo, 15 de julho de 2012

Avondale - Rosé - 2009


Em uma onda de calor que "atacou" o inverno gaúcho, resolvi abrir um Rosé diferente. Digo diferente, pois trata-se de um vinho orgânico.
Vinhos orgânicos, de forma resumida, é um vinho ecologicamente correto, fato este, que me atraiu bastante.
Vamos ao líquido.

Vinho Sul Africano, elaborado com as uvas Muscat de Frontignan (86%) e Mourvedre (14%).
Com uma bonita cor alaranjada, no nariz, os aromas predominantes foram de pêssego e abacaxi.
Em boca, o abacaxi confirmou o olfato.
Boa acidez e refrescância e ausência da percepção de amargor e álcool (12,5%).

Muitos já haviam me indicado os vinhos desta vinícola e realmente estavam certos.
O vinho é muito correto e cai muito bem nos dias de calor pela sua refrescância.
Indico fortemente este Rosé, que custa, em média, R$50, porém, frequentemente, está em promoção na importadora Vinhos do Mundo. Vale a pena conferir.

Saúde!!

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Don Giovanni - Brut - Rosé


Amigos,
Em minha última viagem à Serra Gaúcha, visitei, com um grupo de amigos, algumas vinícolas especializadas em espumantes.
Dentre estas, a Don Giovanni. Vinícola relativamente pequena, que também elabora vinhos brancos e tintos de muita qualidade.
Recebemos um atendimento impecável, o qual, certamente, pesou na hora das compras, além, claro, da qualidade dos vinhos oferecidos.

Mas vamos ao líquido.

É elaborado pelo método charmat e produzido com as uvas Pinot Noir (50%), Merlot (40%) e Chardonnay (10%).
Com uma elegante cor rosa brilhante, o espumante apresentou boa e persistente perlage.
No nariz, apareceu notas de pão torrado e frutas vermelhas, como morango e framboesa.
Interessante que o aroma de framboesa me trouxe a lembrança das famosas balas 7 Belo, porém, sem ser doce, afinal, trata-se de um brut.
Em boca, o morango e a framboesa apareceram novamente.

Qualquer coisa que fale deste rosé soará exagerado, uma vez que o achei um excelente espumante.
Muito leve, refrescante, fácil de beber e chama para a próxima taça de uma maneira imperceptível.
Poderia citar apenas um defeito, a garrafa acabou rápido demais.
Custa em torno de R$28, o que lhe confere um ótimo custo benefício.

Saúde!!

quarta-feira, 4 de julho de 2012

San Enrico - Chianti - DOCG - 2009



Na minha opinião, a Itália é um dos países que mais esbanjam romantismo. Se falarmos da região Toscana então... o romantismo só aumenta.
Alguns Chiantis produzidos na região da Toscana recebem a denominação DOCG (Denominazione d'Origine Controlatta e Garantita), que seria uma espécie de "controle de qualidade".
É o caso deste San Enrico que é produzido com as uvas Sangiovese (85%) e Canaiolo (15%).

Com cor rubi clara e translúcida, apresentou poucas lágrimas.
No nariz, a madeira se fez presente, bem como aromas de frutas como amora e ameixa. No início, um aroma vegetal teve uma certa intensidade, mas logo desapareceu.
Em boca, fruta negra, boa acidez e taninos macios. Um amargor ao final incomodou um pouco, mas não chegou a comprometer o vinho.

Em suma, um vinho simples que não empolgou muito.
Custa em torno de R$60,00, o que faz com que, pelo seu preço, não seja um grande custo/benefício.

Saúde!!

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Angheben - Pinot Noir - 2010



Amigos,
Como revelei, em um post mais antigo, sou fã da vinícola Angheben, pela qualidade e carinho que deposita na elaboração de seus vinhos.
Este é o segundo vinho da vinícola que aparece aqui no Blog. O primeiro foi um Cabernet Sauvignon (relembre) muito interessante.
Vamos ao líquido.

Este Pinot Noir apresentou cor rubi bem claro, onde a visão transpassava o líquido. Ainda, demonstrou poucas lágrimas.
No nariz, aroma de frutas vermelhas, que lembravam morango e um toque adocicado, que remetia ao caramelo. Após bastante tempo aberto, o café veio com boa intensidade.
Em boca, o que se apresentou foi um vinho levíssimo, que desce com muita facilidade. Frutas (as quais não identifiquei nenhuma específica) e, após um tempo, o café confirmou o anteriormente sentido no olfato.

Em suma, um vinho de inegável qualidade, que merece ser degustado.
Pela sua leveza, não necessita de acompanhamento, mas também não deixará a desejar acompanhando um prato menos estruturado.
Não passa por barrica de carvalho, o que o faz dele um vinho um pouco mais alegre.
Recomendo sua compra que sai pela média de R$41,00, em Porto Alegre (salvo engano, na vinícola paguei um pouco menos).

Saúde!!

domingo, 24 de junho de 2012

Freixenet - Brut - Cordon Negro


Podemos dizer que existem espumantes (assim como vinhos) considerados coringas, ou seja, servem pra várias ocasiões e, comprando-os, dificilmente se errará na compra.
O Cava Freixenet é um destes. Um dos espumantes mais vendidos no mundo, este espanhol é também muito bem visto por grande parte dos apreciadores brasileiros.
É produzido pelo método Champenoise e elaborado com as uvas Macabeo, Parellada e Xarel-lo, típicas dos Cavas.

Em taça demonstrou perlage muito intensa, proporcionando sons consideravelmente altos.
De cor amarelo dourado bem claro, no nariz apresentou aroma de frutas brancas e um toque amanteigado.
No paladar a acidez se fez bem presente e o aroma frutado se confirmou.
Espumante bem leve, que chama para a próxima taça, porém, pela faixa de preço (R$50,00) encontramos espumantes nacionais bem melhores.
Caso tenham a oportunidade de comprá-lo na fronteira, indico fortemente, pois será uma excelente compra no quesito preço/qualidade.

Saúde!

terça-feira, 19 de junho de 2012

Concha Y Toro - Frontera - Chardonnay - 2009


Confesso que tenho uma certa dificuldade em degustar tintos em dias de calor, assim, quando o tempo vira e o frio se afasta, eu acabo indo em direção dos brancos e espumantes.
Foi o que ocorreu com esse Chardonnay da gigante chilena Concha y Toro.
Já havia degustado um rosé desta linha (relembre), que se mostrou bem refrescante, desta forma, resolvi experimentar este branco também.

De cor amarelo bem claro e poucas lágrimas, este Frontera, apesar de ser um 2009, se mostrou extremamente frutado.
No nariz, frutas brancas, lembrando maçã verde e pera.
Em boca, os aromas de frutas brancas se confirmaram, com bastante refrescância e boa acidez.
É leve e chama para a próxima taça.
Não é um vinho que impressiona, mas o preço é justo para o que oferece (R$25,00), sendo uma boa pedida para os dias de calor.

Saúde!

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Tarapacá - Gran Reserva - Carmenère - 2010



Quando me perguntam qual o vinho que mais gosto, respondo: Vinho, não sei, mas uva, Carmenère!
Além dos aromas que esta casta proporciona, sua história é, no mínimo, intrigante.
A Carmenère era uma das castas mais difundidas na Europa no início do século XIX, porém, em meados a 1860, uma praga dizimou suas videiras.
Julgada extinta, foi encontrada no Chile em 1994, onde sobrevive fortemente, sendo quase uma uva símbolo do país.
Vamos ao líquido.

Produzido pela renomada vinícola Tarapacá, este vinho passa 8 meses em barricas de carvalho francês e americano.
Possui uma cor rubi bem escuro e lágrimas que mancharam fortemente a taça e os dentes.
No olfato, inicialmente, geleia de frutas com um toque adocicado, após um tempo em taça, o aroma de pimentão superou os demais.
No paladar, o aroma de geleia novamente apareceu de forma intensa.
Boa acidez, taninos maduros e álcool imperceptível, apesar de seus 14,5%.
Um vinho que cumpre o que promete e certamente estará melhor dentro de 2 ou 3 anos, pois tem potencial de guarda.
Custa em média R$45 e é encontrado facilmente em supermercados.
Vale a pena degustá-lo.

Saúde!!

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Lovara - Merlot - 2010



Já dizem os grandes entendidos que vinho bom é aquele que gostamos.
A medida que vamos degustando uma quantidade maior de vinhos, inegavelmente, nosso paladar vai se modificando. A princípio para melhor.
Quando degustei o Lovara pela primeira vez, achei interessantíssimo, muita fruta, boa acidez, etc. Desta vez se mostrou um outro vinho, não com defeitos, mas não empolgou.

Produzido pela vinícola Miolo, possui cor rubi clara e demonstrou lágrimas finas e abundantes.
No olfato, fruta vermelha, boa acidez e o álcool aparecendo um pouco.
No paladar, a acidez se confirmou, frutas vermelhas, as quais não consegui identificar nenhuma especificamente, e taninos quase imperceptíveis.
Como antes descrito, não é um vinho com defeitos, é correto, porém, bem simples e que não empolga.
Custa em média R$22, fazendo com que seu custo benefício não seja muito elevado.

Saúde!!

terça-feira, 5 de junho de 2012

Angheben - Cabernet Sauvignon - 2006



Como é bom saber que temos vinhos de qualidade bem ao nosso lado.
Quem me conhece, sabe que sou fã da vinícola Angheben, desde que visitei o Vale dos Vinhedos e tive uma recepção e um atendimento impecável dos proprietários, mais precisamente, do Eduardo Angheben.
Ao chegarmos, já havia uma mesa preparada para as degustações, com uma taça para cada vinho (degustamos 4).
Todos me deixaram impressionado pela qualidade mas, aos poucos, quando for degustando com mais calma, comentarei cada um aqui no blog, afinal, comprei um de cada.
Desta vez, em casa, degustei o cabernet sauvignon. Vamos ao vinho.

Com uma cor rubi intenso, apresentou lágrimas finas, as quais mancharam, levemente, a taça.
No olfato, o carvalho se fez presente, junto com café e um toque adocicado, que me lembrou própolis (interessantíssimo).
Na boca mostrou taninos macios e bom corpo, com aromas que ratificavam os sentidos anteriormente. O álcool (12,1%) mostrou-se bem integrado ao vinho.
Tinha um certo preconceito com a rainha das tintas (cabernet sauvignon), pois dificilmente degustava algum vinho desta casta que me agradasse bastante, mas, posso dizer que, dessa vez, fui surpreendido. Melhor CS que degustei, sem dúvida.
Vinho de qualidade, redondo, macio e fácil de beber.
Custa em média R$32,00 e vale cada centavo.
Eis um CS brasileiro com bastante qualidade.

Saúde!!

terça-feira, 29 de maio de 2012

Espumante Hórus - Brut


Nem só de vinhos gaúchos vive o Brasil.
Este exemplar vem da Bahia, sim, Bahia, esta terra de tanta riqueza cultural e diversão, também produz ótimas bebidas de Baco.
Cultivado no Vale do São Francisco, este espumante é elaborado pelo método Charmat (segunda fermentação em tanques de inox) e elaborado a partir de uvas das Variedades Chenin Blanc, Sauvignon Blanc e Verdejo.
Apresenta cor amarelo bem claro, perlage fina e em boa quantidade.
No nariz, frutas brancas, como maçã e pera, aromas estes, que se confirmaram em boca.
Boa refrescância e acidez.
Bebi a garrafa pequena, de apenas 250 ml, assim, ficou a vontade de beber mais.
Custa em média R$12 (250 ml) e R$28 (750 ml), valendo a pena ser provado.

Saúde!!

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Casa Valduga - Mundvs - Malbec - 2007



Sempre achei este vinho interessante, afinal, ele é produzido na Argentina, mas é de uma vinícola brasileira.
Segundo o site Wikipédia, a Argentina atualmente é responsável por 59% da produção mundial de uvas Malbec, não é a toa que quando se fala em vinho argentino, subitamente lembramos desta variedade.
Algumas castas se adaptam melhor à alguns terroirs, assim, a Casa Valduga resolveu ir até a atual terra do Malbec para produzir vinhos de qualidade com esta uva.
Elaborado na região de Mendoza, este vinho apresentou uma bela coloração rubi escura, onde a visão não conseguia ultrapassar o líquido. Lágrimas finas que mancharam de leve a taça e os dentes.
No olfato, demonstrou bastante fruta vermelha, madeira e, após um tempo em taça, café.
Na boca, confirmou os aromas sentidos anteriormente, com taninos macios e boa acidez.
Conta com 14% de álcool, porém, para a minha surpresa (positiva), o mesmo não incomodou.
Acompanhou muito bem um fondue.
Custa em torno de R$50, não sendo um vinho para o dia a dia, em razão de seu preço.
Vinho muito interessante, o qual indico certamente. Vale a pena.

Saúde.

domingo, 20 de maio de 2012

Larentis - Vigna D'Oro - Merlot - 2010



No Brasil temos a cultura do vinho de garrafão, sim, aquele doce, que dá dor de cabeça no outro dia, que deixa as pessoas por anos sem querer tomar qualquer outro vinho depois de ter exagerado na dose em um dia.
Mas, como dizem, o vinho bom é aquele que gostamos, embora eu não esteja "falando" de bom ou ruim, e sim, de qualidade.

Em 2011, nas empresas gaúchas, foram processados 626,9 Milhões de Kg de uvas comuns, enquanto as viníferas (vinhos finos) ocuparam o n° de, apenas, 82,7 Milhões de Kg. (fonte IBRAVIN).
Muitos dizem que não bebem os vinhos finos, pois são muito caros, e realmente são, graças a carga tributária altíssima imposta pelo governo.
Porém, nem tudo está perdido, há vinhos no mercado que podem fazer o papel de aproximar o consumidor dos vinhos elaborados com uvas viníferas.

Descobri esse vinho através do amigo e blogueiro Tiago Bulla (Universo dos Vinhos), que me recomendou, também, uma visita à vinícola Larentis.
Atendimento exemplar e pessoas com muito bom humor, assim é a Larentis.
Vamos ao principal.

Este Merlot vem em uma embalagem Bag in Box, as conhecidas "caixinhas", de 4 litros, fazendo que o vinho dure em torno de 30 a 45 dias.
De cor vermelho rubi, o vinho apresentou lágrimas finas e transparentes.
No nariz, o aroma inicial foi de frutas vermelhas e pretas, com um toque do carvalho, porém, após deixar um pouco do líquido descansando na taça, aromas muito mais intensos e complexos foram liberados, como chocolate, café e menta, de forma bem surpreendente.
No paladar as frutas e o carvalho se repetiram.
Dificilmente encontrarei um vinho com tamanho custo/benefício como este, uma vez que o Bag in Box me custou R$32, sendo de 4 litros, fazendo com que a garrafa (caso fosse engarrafado) custasse R$6, isso mesmo seis reais.
Recomendo como vinho para o dia a dia e como porta de entrada para aquelas que querem conhecer os vinhos finos, não só pelo preço, mas também pela qualidade.

Saúde!!

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Cave Marson - Reserva - Cabernet Sauvignon - 2007



Hora de vinho brasileiro!
O vinho nacional, apesar se sofrer muito preconceito dos próprios brasileiros, vem demonstrando sua qualidade a cada ano que passa, conquistando medalhas pelo mundo todo.

Ganhei este CS (cabernet sauvignon) de um grande amigo e, resolvi degustá-lo em meio à amigos, também.
Este reserva já teve várias premiações mundiais em outras safras, porém, quanto à de 2007, não achei qualquer concurso vencido, talvez pelo fato de que, no referido ano, não tivemos uma grande safra no RS.
Pelo site da vinícola, descobri que passa 6 meses por barricas de carvalho.

Com cor vermelho rubi e lágrimas finas e transparentes, no olfato apresentou aromas de frutas negras e madeira. No paladar, a madeira estava presente novamente, bem como as frutas negras, lembrando amora.
Taninos macios e álcool aparecendo um pouco, característica esta, que desapareceu quando o vinho foi harmonizado com churrasco, assim, tornou-se um belo CS.
Custa, em média, R$24,00, o que o deixa com uma boa relação preço/qualidade.
Um vinho que merece ser provado.

Saúde!

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Quinta da Sapeira - Alfrocheiro - 2006



O frio vem chegando com mais frequência no RS e, com ele, a vontade de apreciar mais tintos.
Desta vez escolhi um português.
Portugal já é o líder europeu em tintos de qualidade no Brasil, à frente de Itália e França, que ainda vêem suas importações dependerem muito de espumantes Lambrusco e Prosecco (Itália) e Champagne (França). (Fonte: revista BACO).
Perto de outros países, ainda pagamos muito caro por vinhos europeus de qualidade, mas Portugal está apostando bastante no mercado brasileiro.
No mesmo sentido, há um projeto de Lei no Congresso (PL3260/12) que prevê isenção do imposto de importação sobre os vinhos (e azeites) portugueses no Brasil, o que, para o consumidor, seria uma grande boa nova.

Novidades e polêmicas à parte, vamos ao vinho:
Produzido na região da Estremadura, o produtor faz questão de colocar, no contra rótulo, a data da vindima (19 de setembro de 2006) e que a vinificação processou-se com pisa a pé.
Com uma cor rubi e bordas lembrando casca de abóbora, o vinho apresentou lágrimas finas e intensas.
No olfato, muita fruta negra, lembrando amoras, o que se repetiu no paladar.
Interessante que apesar de demonstrar-se um vinho leve, possui uma certa complexidade, com taninos muito suaves e, mesmo com os 13% de álcool, o mesmo não apareceu em momento algum.
Vinho redondo e facílimo de beber.
Custa em média R$40,00 e vale muito o preço.

Nossos colonizadores acertaram neste vinho.

Saúde!!

domingo, 6 de maio de 2012

Adolfo Lona Brut Rosé



Amigos,
Decidido a criar um blog sobre esse mundo tão fascinante, resolvi iniciá-lo com um com um ar mais festivo, ou seja, um espumante.
O escolhido foi um brasileiro, de um produtor famoso e bem conceituado, Adolfo Lona.

Produzido pelo método charmat, o espumante demonstrou boa perlage e cor alaranjada bem clara. No nariz, o morango aparecendo nitidamente, tal aroma sendo comprovado no paladar.
Um espumante leve, que chama para a próxima taça.
O preço (R$27,00) é bom em comparação a outros espumantes que, ao meu ver, são inferiores e mais caros.
Recomendo.

Acho que comecei em grande estilo, com um bom espumante.

Saúde!!